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Veia de geriatra

Atualizado: 17 de jul.

Em tempos de inversão de valores, buscar humanização do cuidado através da formação em Geriatria nunca esteve tão atual (e como é necessário).


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Geriatria é a especialidade médica que se integra na área da Gerontologia com o instrumental específico para atender aos objetivos da promoção da saúde, da prevenção e do tratamento das doenças, da reabilitação funcional e dos cuidados paliativos. Abrange desde a promoção de um envelhecer saudável até o tratamento e a reabilitação do idoso.

Geriatra é o médico que se especializou no cuidado de pessoas idosas. Ele se torna especialista após ter feito residência médica credenciada pela Comissão Nacional de Residência Médica e/ou ter sido aprovado no concurso para obtenção do Título de Especialista em Geriatria da SBGG/AMB.

É um caminho longo até ser geriatra: seis anos de formação médica, dois anos de residência em clínica médica e mais dois anos de residência em geriatria, totalizando dez anos de formação. Mas quem disse que a formação acaba aí? O estudo tem de ser diário, pois a medicina muda a todo momento. Na área da geriatria tudo é muito novo e por isso mais desafiador.


Mais do que a habilitação e a capacidade técnica, o geriatra necessita de ferramentas emocionais para atuar com propriedade.

A relação com o médico do ponto de vista do paciente se apoia incondicionalmente num tripé: afeto, parceria e disponibilidade. A competência, que devia ser o primeiro item qualificador do desempenho médico, muitas vezes é ignorada pelo paciente, o que explica o consultório cheio de alguns profissionais que são maus técnicos, mas consoladores excelentes. É certo que o médico moderno não pode abrir mão de ser o melhor técnico possível, sob pena de estar fraudando a expectativa do paciente. Mas entre dois profissionais igualmente qualificados sempre prevalecerá aquele que tenha mais afeto.


Formando boas pessoas

Trabalhar com docência é ter a preocupação de humanizar os jovens profissionais. Percebo uma juventude ávida por informações que têm sido negligenciadas pela escola médica, unicamente preocupada em ensinar como fazer diagnóstico e tratamento.

É fascinante ver jovens estudantes motivados em criar experiências de cuidado humanizado. A responsabilidade é ainda maior pelo estágio em nossa especialidade não ser obrigatório na formação médica: somos escolhidos por um grupo de alunos curiosos e criativos, que se apaixonam, como os professores, pelo envelhecimento e os idosos.


Um viva aos entusiastas do envelhecimento!

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